RUAS DA CIDADE - TODA A ZONA SUL

Quando seu Alves para no hotel e se vira para mim no banco de trás para receber o seu dinheiro, eu capturo seus olhos nos meus e digo tranquilamente.

- Senhor, você é diagnosticado com tdi? Responda honestamente por favor.

Eu aguardo a resposta do taxista, se ele me responder que sim, pago a corrida normalmente e vou para o hotel, se ele responder que não eu peço para que ele me aguarde alguns minutos na frente do hotel que iria precisar fazer uma outra corrida logo mais.

Após me resolver com o taxista eu entro no hotel, vou caminhando a passos confiantes até a recepção e peço por um quarto por tempo indeterminado.

Off: Compel

Ao ver que o seu Alves estava ainda me esperando eu sorriu alegremente para ele e aceno, era um sorriso genuíno pois aquilo significava que o meu jantar não havia me deixado na mão.

Eu me apresso para entrar no taxi e dessa vez eu entro no banco do carona.

- Obrigada por esperar seu Alves, seria complicado conseguir outro taxi por aqui essa hora.   - Digo amigavelmente em tom de conversa. - Nós vamos agora no Extra 24h por favor.

O taxista concorda com o local e começa a dirigir, durante todo o trajeto vou conversando com ele, sobre a cidade, sobre a vida, o universo e tudo mais, voltamos um pouco ao assunto de futebol que o Alves parecia gostar da ultima corrida até que finalmente ele para com o carro na entrada do Extra fora do estacionamento.

Seu alves fala o valor da corrida e eu pago tranquilamente, mas não desço ainda do carro, eu olho para ele um pouco com um sorriso lascivo no rosto e digo em um tom de voz de desejo.

- Seu Alves, a verdade é que eu pedi para você me esperar enquanto eu ia no hotel por outro motivo, eu sempre tive uma fantasia de fazer um boquete em um taxista e você me pareceu uma pessoa confiável. - Eu digo já passando a mão na perna dele, longe da virilia, apenas para ele sentir o meu toque.

Com razão o taxista fica um pouco surpreso com a oferta, ele fica calado um pouco, pensativo e eu aproveito o momento para subir mais a minha mão na perna dele e passar a língua sedutoramente pelos meus lábios. - Ninguém vai ficar sabendo, só eu e você... - Mando pra ele um sorriso sedutor e o homem acaba aceitando.

Falo pra ele levar o carro até o estacionamento que estava deserto e afastado do trafego normal de clientes, para um lugar onde ninguém iria nos ver, e assim ele faz.

Uma vez com o carro parado e os farois desligados com minhas mãos eu abro o ziper da calça dele o faço ficar duro, quando ele fica completamente ereto eu faço elogios ao membro dele em um tom desejoso e caio de boca nele.

Quando percebo que ele está perto de atingir o orgasmo, eu mordo o membro dele cheio de sangue e começo a me alimentar também, dando a ele a sensação de orgasmo misturado com o beijo vampírico para lhe dar o melhor orgasmo da vida dele.

Quando termino de me alimentar, eu lambo a ferida para que ela se feche e volto a posição normal da cadeira já limpando a boca de semem e engolindo tudo.

- Foi perfeito seu Alves, obrigada por realizar minha fantasia, o senhor tem algum cartão? Para caso eu precise novamente de um taxi. - Digo em um tom de duplo sentido.

Seu Alves que ainda estava nos céus por causa do orgasmo me passa o cartão dele e eu o guardo no bolso da jaqueta, eu agradeço pela corrida e desço do carro e vou caminhando devagar até a entrada do supermercado, quando tenho certeza que estou em uma distancia segura do taxi, eu começo a curar meus ferimentos mais leves deixando apenas o olho para regenerar mais tarde.

" Tudo termina bem quando acaba bem, delicia de sangue "

Vou caminhando lambendo os lábios enquanto penso naquele sangue delicioso que eu acabava de tomar.

Uma vez no extra procuro pela parte de papelaria e vou atrás de um caderninho do tipo diario e algumas canetas coloridas de cores diferentes, além do caderno e das canetas compro uma garrafa d'agua de 1l e alguns biscoitos qualquer e vou até o caixa.

Enquanto passava minhas compras, tento puxar assunto com a moça do caixa, para descobrir se ela sempre pegava o turno da madrugada, assim como presto atenção no crachá que ela talvez estivesse usando.

" Essa falta de interesse, essa morosidade e falta de perspectiva na vida, talvez ela seja uma daquelas humanas que Isabelle havia comentado comigo, aquelas cujo sangue é tão delicioso que nos da beneficios a saude e até mesmo aos poderes, qual era o nome mesmo? Discretos? não...distopicos? não... Dis...dis...discraticos!! isso isso era isso... Vou começar a frequentar esse supermercado. "

- Turno da madrugada é sempre um saco não é? Passei uns meses trabalhando no turno da madrugada a um tempo atrás pra juntar uma grana, não aguentei o tedio. Você costuma pegar sempre esse turno?- Comento amigavelmente em tom de conversa.

A reação dela é exatamente a reação que eu estava esperando, ela não faz nem questão de conversar um pouco, certamente quer voltar a fazer nada e deixar o tempo de sua vida passar sem nenhum proposito.

" Ela é perfeita meu deus. "

Quando ela diz quanto foi as minhas compras eu pego o dinheiro na jaqueta e dou para ela, enquanto espero o troco puxo mais assunto.

- Boa sorte sobrevivendo ao turno da madrugada, a propósito, meu nome é Aline e o seu?

Eu abro um sorriso amigavel ao ver a expressão da mulher, claramente ela não gostava de papo furado, provavelmente ela só pegava o turno da madrugada para evitar os clientes o máximo possivel, se brincar, ela deve estar trabalhando só por que os pais obrigaram, o que aumenta ainda mais o desgosto e a melancolia dela.

- obrigada, foi um prazer conhecer você Janaína, até a próxima. - pego o meu troco e vou colocando minhas compras na sacola, se ela não falar mais nada eu vou acenar alegremente e ir em direção da saída do local.

Meu sorriso alegre é o mais genuíno possível, eu estou verdadeiramente feliz em ter encontrado aquela mulher maravilhosa, o sangue dela deve ser incrivelmente delicioso.

“ Droga, essa felicidade toda, é a besta falando ou sou eu? Quando foi que eu passei a ficar tão ansiosa pela perspectiva de me alimentar de uma pessoa inocente? No que eu estou me tornando?”

Eu vou então até um ponto de táxi próximo e volto para o hotel.